quinta-feira, 15 de março de 2012

12 maiores erros na alimentação infantil

Tire todas as suas dúvidas sobre como deve ser a alimentação do seu bebê

Conteúdo do site CLAUDIA
A alimentação complementar começa a ser introduzida na dieta da criança quando ela completa 6 meses

Foto: Getty Images

Às vezes, a sabedoria popular não é tão sábia assim. Muitos palpites nos cuidados do bebê servem só para perpetuar condutas erradas. Veja as mais comuns

Recém-nascidos

1. Nos primeiros dias, o bebê chora porque tem fome.
A criança mama pouquíssimo nas duas primeiras semanas, seu apetite é pequeno. "O choro é uma manifestação natural do recém-nascido e não tem nada a ver com a quantidade de leite que ele ingere", ensina o pediatra Fábio Ancona Lopez.
 
2. Meu filho deve mamar a cada duas horas.
Nos primeiros meses, não estipule horários rígidos. Nesse fase, dizem os médicos, quem escolhe quando e quanto mamar é o bebê.
 
3. Chás e água complementam a dieta do recém-nascido.
O leite materno supre absolutamente todas as necessidades do bebê até os 6 meses. Água, chazinhos e afins não ajudam em nada, podem causar diarreia e tirar o apetite.
 
4. A criança deve mamar cinco minutos em um peito e depois no outro.
O ideal é que o bebê esvazie a mama em que começou sua refeição. Só depois passe para a outra. "O leite final da mamada é o mais nutritivo, contém mais gordura e deve ser consumido", aconselha Lopez.
 
5. Tempo de mamada = volume de leite adquirido.
Essa equação é falsa. Cada criança chupa o peito da mãe em uma velocidade diferente. Além disso, a quantidade de leite produzida pela mulher varia de caso para caso.
 
6. Quando o bebê tem cólica, a mãe está com pouco leite.
Isso diziam nossas avós. Hoje sabe-se que é uma grande bobagem. Entre o primeiro e o terceiro mês, é comum que o bebê sinta dores abdominais, o que não está relacionado com a falta de leite.
 
7. O nenê prefere mamadeira porque a sucção é mais fácil.
Na verdade, o que acontece é o contrário. A criança nasce com habilidade para sugar o peito e precisa se adaptar para aprender a tomar mamadeira. Quando isso ocorre, ela pode desacostumar a mamar no peito.

 

A partir dos 6 meses

8. Algumas frutas fazem mal para o bebê.
Não existe fruta certa para dar à criança. Quanto mais variada ela for, melhor. Não precisa correr atrás de fruta fora de época e pagar uma fortuna: a melhor é a disponível na sua região e na estação certa.
 
9. Sopinhas devem ser batidas no liquidificador.
As primeiras refeições salgadas precisam ter consistência pastosa, mas as papinhas nunca devem ser batidas no liquidificador. "Isso liquefaz a comida, destrói as fibras e o bebê não aprende a mastigar", explica o nutricionista infantil Ari Lopes Cardoso. Ele ensina como deixar a comida de seu filho no ponto: "Passe a sopa por uma peneira e controle a densidade com o caldo".
 
10. Comida de criança deve ter pouco tempero.
Quem disse que papinha não tem que ter gosto? "Faça comida gostosa e variada para seu filho", recomenda Cardoso. "Para ter apetite, ele precisa gostar do que ingere. Tempere a comida com azeite, alho, cebola, salsinha, cebolinha e pouco sal. A partir de 1 ano, ele já pode ter a mesma alimentação que o restante da família", ensina o nutricionista.
 
11. Se meu filho faz careta, é porque não gosta da comida.
"O bebê só aprende a gostar de alguns alimentos depois de comê-los repetidas vezes", diz a nutricionista infantil Claudia Juzwiak. Só com o tempo ele desenvolve o paladar. É natural que seu filho estranhe o gosto de alguns legumes e hortaliças nas primeiras vezes. Seja persistente e não se comova com cara feia. Mas tenha bom senso: se perceber que não tem jeito, não o force a comer.
 
12. Devo fazer meu filho comer mesmo se ele não tem fome.
Muitas mães ficam assustadas quando, por volta de 1 ano, o bebê começa a perder o apetite. O nutricionista Ari Lopes Cardoso afirma que esse comportamento é normal nessa faixa etária e está relacionado ao quadro evolutivo. "Se no primeiro ano o bebê ganha cerca de 8 quilos, no ano seguinte vai ganhar apenas 3." Ou seja, fique tranquila mamãe: seu filho sabe direitinho a quantidade de alimento de que precisa.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Mitos e verdades nos cuidados com o recém-nascido

Por Renata Demôro

Você está grávida e escuta diferentes opiniões sobre os primeiros meses de vida do bebê? Com alguns cuidados é possível curtir os momentos com a criança sem ansiedade. A seguir, confira respostas para os principais mitos e verdades sobre os cuidados com o recém-nascido:

Bebês não devem ser colocados de lado para dormir

  • 1
    É preciso oferecer água ao recém-nascido, além do leite materno
    Mito. De acordo com Mariana Zanotto Alves, especialista em cuidados com recém-nascidos, “durante os primeiros seis meses de vida, o bebê consome a quantidade necessária de líquidos ingerindo somente o leite materno. Oferecer água, chás ou outros líquidos pode fazer com que ele se sinta satisfeito precocemente e recuse o leite materno. Mães que possuem indicação médica para não amamentar e optam pelas fórmulas infantis também não devem ofertar água ao bebê”.
  • 2
    O bebê precisa arrotar a cada mamada
    Mito. Segundo Mariana Zanotto, colocar o bebê na posição vertical após mamar é especialmente importante quando o bebê sofre de refluxo, já que evita o retorno do leite e ácidos presentes no estômago: “Mas isso não significa que ele irá arrotar. Muitos bebês não arrotam após a mamada. Alguns podem eliminar os gases em forma de flatos. Neste caso, considere sua missão cumprida e não se preocupe”.
  • 3
    Nas primeiras semanas de vida é preciso higienizar o umbigo do bebê com frequência
    Parcialmente verdade. De acordo com o pediatra Fernando F. Martins, chefe da UTI Neonatal da Maternidade Perinatal Barra, limpar o local três vezes por dia é suficiente para evitar complicações. “Recomendo fazer a higiene junto com a troca de fraldas. O mais importante é manter o local limpo e seco, até que ele caia sozinho”. “Não aplique álcool no local e dobre a fralda na cintura, evitando que o umbigo fique coberto e possa infeccionar”, explica Mariana Zanotto.
  • 4
    Bebês que tomam banho antes de deitar dormem melhor
    Verdade. Mariana Zanotto explica que o banho ajuda a acalmar e relaxar o bebê, preparando-o para uma boa noite de sono. No livro “O Sono do meu Bebê” (Editora CMS, 104 páginas, R$33,90), a psicóloga Renata Soifer Kraiser explica que o banho é um verdadeiro acontecimento para o recém-nascido. Se incluído no ritual noturno diário, o banho ajuda a separar o dia da noite. Com o tempo, o bebê será condicionado a entender que está na hora de se preparar para adormecer.
  • 5
    É preciso ter muito cuidado para não bater a moleira do recém-nascido
    Verdade. “Evitar impacto na moleira é essencial, já que a região é frágil. Não aperte o local ou chacoalhe a criança com movimentos bruscos, sob o risco de afetar o cérebro do bebê”, orienta Mariana Zanotto. Ela lembra que lavar a cabeça do recém-nascido, fazer carinho ou pentear os cabelos com uma escova própria são atitudes totalmente seguras.
  • 6
    Alimentos ingeridos pela mãe podem causar cólicas em bebês amamentados no seio
    Mito. O desconforto é normal, já que o sistema digestivo do bebê está em formação. Segundo o pediatra Fernando F. Martins, “não há comprovação de que algum alimento possa causar cólicas em bebês alimentados apenas com leite materno. Mas não recomendamos a ingestão de alimentos ricos em cafeína, como mate, chá preto e café, que podem deixar a criança mais agitada e sem sono”.
  • 7
    Não existe perigo em furar a orelha de meninas recém-nascidas
    Parcialmente mito. Para Mariana Zanotto, sempre que a pele é perfurada existe risco de infecção. “Muitos médicos americanos recomendam aguardar até que a criança complete quatro anos de idade, quando ela já entende que não pode puxar o brinco ou colocar a mão suja na orelha que acabou de ser furada. Se a mãe fizer muita questão, recomendo fazer com um profissional de confiança e usar brincos antialérgicos”, diz a especialista em cuidados com recém-nascidos.
  • 8
    O bebê deve dormir de lado para evitar o refluxo
    Mito. “A posição lateral compromete a circulação de ar e não é segura para o bebê dormir. O recém-nascido sempre deve ser colocado para dormir com a barriga para cima. Estudos recentes comprovam que este ato simples diminui em até 70% as chances que o bebê sofra a Síndrome da Morte Súbita Infantil, quando uma criança saudável morre sem causa aparente no primeiro ano de vida”, orienta Mariana Zanotto.

Uso de mais de dois embriões na fertilização in vitro só aumenta os riscos...

A transferência de um único embrião tem sido proposta como uma estratégia para reduzir o risco de nascimentos múltiplos e os resultados adversos da gravidez, após a fertilização in vitro (FIV)
 
Um estudo britânico, publicado na versão on line do The Lancet - Effect of age on decisions about the numbers of embryos to transfer in assisted conception: a prospective study - revela que o número de nascidos vivos não aumenta com a transferência de mais de dois embriões, mas os riscos associados à esta prática, sim, como risco de nascimento prematuro extremo (com menos de 33 semanas).
 
Para chegar a estas conclusões, pesquisadores britânicos analisaram dados de 124,148 ciclos de fertilização in vitro que resultaram em 33,514 nascimentos. E compararam as taxas de sucesso, isto é, os nascimentos de fetos vivos (livebirths), e os eventos negativos, como os nascimentos de múltiplos, a ocorrência de baixo peso e a prematuridade nos procedimentos em mulheres de até 40 anos e com mais de 40.
 
A transferência de dois embriões resultou em mais nascidos vivos do que a transferência de um único embrião. E de maneira mais marcante, nas mulheres com mais de 40 anos. Nas mulheres com menos de 40 anos, a transferência de três embriões provocou uma menor taxa de nascidos vivos do que a transferência de dois embriões. E, nas mulheres com mais idade, a transferência de três embriões, ao invés de dois, não fez nenhuma diferença.
 
Diante de tais resultados, os pesquisadores ressaltam que a transferência de três ou mais embriões, em qualquer faixa etária, no entanto, está associada com um risco significativamente maior de complicações, incluindo o nascimento prematuro e baixo peso ao nascer. A decisão de transferir um ou dois embriões deve ser baseada em indicadores de prognóstico, como a idade materna.
 
Scott M. Nelson, um dos autores do estudo e presidente de obstetrícia da Universidade de Glasgow, disse que os Estados Unidos é um dos poucos países em que mais de dois embriões ainda podem ser rotineiramente transferidos. Cerca de 40% das fertilizações in vitro nos Estados Unidos envolvem a transferência de três ou mais embriões, e mais de 20% das gravidezes resultantes de FIV terminam em nascimentos múltiplos. 
 
No Brasil, segundo estimativas do Registro Latino-Americano de Reproducción Asistida, 42% das gestações por fertilização in vitro resultam em gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos e quíntuplos. A Resolução CFM Nº 1.957/2010, que normatiza os procedimentos em reprodução humana assistida no país, determinou uma diminuição do número de embriões que podem ser utilizados em cada tentativa de fertilização. 
 
“Antes, as clínicas de reprodução humana assistida podiam implantar até quatro embriões no útero de uma mesma paciente. Com a nova determinação, esse limite cai para dois, no caso das mulheres com até 35 anos de idade; e três, para aquelas que têm entre 36 e 39 anos. Mulheres com mais de 40 anos mantêm o direito de receber quatro embriões”, explica o ginecologista Jonathas Borges Soares, diretor do Projeto ALFA, Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida.
 
Na Europa, os serviços de reprodução humana estão empenhados em reduzir o índice de gravidez múltipla. No registro europeu já se verificou uma redução no número de embriões transferidos no período de 1999 para 2000. A transferência de quatro embriões diminuiu de 9,3% para 6,8% e de três embriões de 39,6% para 33,3%, enquanto aumentou o número de transferências com dois embriões, de 39,2% para 46,7%. Na Inglaterra, é proibido colocar mais de três embriões em mulheres acima dos 40 anos. Na Suécia e na Bélgica, transfere-se um único embrião por ciclo para reduzir as gestações múltiplas.
 
A perspectiva dos pacientes
 
“O estudo britânico não traz notícias fáceis de serem digeridas pelos casais que estão tentando engravidar. Geralmente, a FIV é uma experiência que implica em muitos investimentos: emocionais e financeiros. É natural que os casais desejem aumentar as ‘possibilidades de sucesso’, transferindo mais embriões viáveis. Mas, as conclusões do estudo são claras: três embriões aumentam os riscos e não as chances de sucesso do procedimento. Para pacientes ansiosos,  este é um conselho que é mais fácil de ser dado do que seguido... Precisamos dialogar muito com os pacientes sobre esta decisão”, afirma Jonathas Soares.
 
Embora o nascimento de um bebê por meio das técnicas de reprodução humana assistida ainda leve consigo o risco de uma gestação múltipla, cabe à Medicina aprimorar os métodos de cultivo de embriões e a sua transferência para o útero, o que permitirá otimizar as chances de nascimentos, sem que ocorra a gestação múltipla.
 
Neste sentido, o diretor do Projeto ALFA, enumera  alguns desafios que ainda precisam ser vencidos: “precisamos desenvolver mais pesquisas sobre as condições ideais de transferência do embrião, sobre a sobrevivência intra-útero e sobre a nidação (fixação do embrião no útero). Ainda neste sentido,  necessário aprimorar os protocolos de congelamento e descongelamento de gametas e embriões, pois estas técnicas podem colaborar com a  redução da gestação múltipla”, observa Jonathas Soares. 
 
CONTATO:
 
Projeto ALFA
 
Site: www.projetoalfa.com.br
 
Email:proj...@projetoalfa.com.br
 
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